DICAS TÉCNICAS PARA CONHECIMENTO DOS INSTALADORES DE ANTENAS BANDA C E KU - 27/10/2015

DICAS TÉCNICAS  PARA CONHECIMENTO DOS INSTALADORES DE ANTENAS BANDA C E KU - 27/10/2015

DICAS TÉCNICAS  PARA INSTALADORES.

Se você está pensando em instalar uma antena parabólica, tanto telada como offset, aqui vão algumas dicas de equipamentos e satélites para fazer o apontamento.

Normalmente as antenas parabólicas instaladas no Brasil são apontadas para o satélite Star One C2, para sintonizar os canais analógicos disponíveis na banda C, mas existem outras opções de uso para essas antenas e também para as antenas offset, usadas na banda KU para sinais digitais de TV por assinatura. 

Ambos os tipos de antenas podem ser usadas para receber sinais livres de TV digital (FTA= Free To Air) que compõem excelentes grades de canais em diversos satélites com cobertura no Brasil.

Os canais FTA são totalmente livres de qualquer pagamento, bastando ao usuário, gastar apenas com o equipamento (antena, receptor, lnb e cabos).

Quanto ao tipo de equipamento, o principal é ter uma boa antena e um bom receptor. Atualmente existem no mercado boas opções de receptores, variando dos tradicionais analógicos, os digitais e também os anadigitais; equipamentos que sintonizam tanto os canais analógicos como também os digitais.

Equipamentos:

A antena- Para sintonizar os canais via satélite é preciso uma antena parabólica, que, dependendo da banda de sinal desejada, pode ser tanto telada como offset.

A antena telada- Normalmente essa antena é usada para sintonizar os canais da banda C, e dependendo do satélite e da sua cobertura, é preciso uma antena grande, mas as antenas teladas, geralmente variam de 1,50m até 3,00m de diâmetro. 

Hoje em dia são fabricadas antenas menores, tendo em vista que a cobertura dos satélites melhorou no Brasil, pois os equipamentos mais antigos foram substituídos por satélites mais modernos e com tecnologias mais avançadas, visando melhorar o sistema de telecomunicações.

Para sintonizar os canais analógicos do Star One C2, a antena pode ser a partir de 1,50m de diâmetro, mas neste caso existe um pequena perda de sinal nas frequências mais fracas; então uma boa dica, são as antenas de 1,90m ou 2,00m de diâmetro; já para os canais digitais, quanto maior a antena, melhor será a recepção do sinal e consequentemente um número maior de canais sintonizados.

Em outros satélites, para sintonizar os canais digitais é preciso ter uma antena acima de 2,20 de diâmetro, como é o caso dos satélites Brasilsat B4, Star One C1, NSS 806, entre outros. no vídeo abaixo, veja como montar a sua antena parabólica:

A antena offset- A antena offset geralmente é usada para captar sinais da banda KU (banda com aspecto de frequência entre 15.35 Ghz até 17.25 Ghz), como os sinais das operadoras de TV por assinatura, mas também na banda KU existem canais FTA em diversos satélites, tais como o Amazonas 1/2 e o Estrela do Sul, sendo necessário o uso de tal antena e LNB específico.

Antena Offset

Angulo de captação de sinal da antena Offset.

LNB e LNBF (Low-Noise Block Converter)- Peça importante para o funcionamento da antena, pois ela é responsável pela captação do sinal e redução de sua frequência até ser injetado no cabo coaxial que está ligado ao receptor. Normalmente a faixa de frequência usada é a chamada Banda L.

O LNB usa um servo motor para fazer a troca da polaridade através de uma sonda interna ligada ao receptor e comandada através de pulsos emitidos pelo receptor; já o LNBF (Low-Noise Block Converter "Feed Horn"- com alimentador ou iluminador integrado) faz a troca de polaridade através de uma variação de sua tensão de alimentação, não sendo assim necessário a a utilização de um pólo-rotor, que gerava problemas. Veja a diferença entre LNB e LNBF:

O LNBF pode ser tanto Monoponto como Multiponto. No LNBF Monoponto a polarização é selecionada através da voltagem, para horizontal 13V e para vertical 18V; no LNBF Multiponto as duas polarizações são recebidas ao mesmo tempo e enviadas pelo cabo, onde existe uma diferença de 600 Mhz da frequência normal. 

No caso, o receptor seleciona o oscilador local do LNBF na frequência 5150 Mhz para o vertical e 5157 Mhz para o horizontal. Este tipo de LNBF possibilita o uso de diversos receptores ligados à mesma antena, sendo necessário o uso de um divisor de sinal com frequência entre 950-2050Mhz.

Existem também LNBFs monoponto com duas saídas, sendo possível a utilização de dois receptores dispensando o uso de divisor de sinal para ligação à uma mesma antena parabólica.

Cabo Coaxial - O cabo coaxial é usado para fazer a ligação entre o LNBF e o receptor. 

É um cabo constituído por diversas camadas concêntricas de condutores e isolantes, daí o nome coaxial. Este cabo é constituído por um fio de cobre condutor, revestido por uma camada isolante e uma blindagem o que permite a transmissão de frequências elevadas em longas distâncias. A vantagem deste tipo de cabo é a diminuição dos efeitos de sinais externos aos sinais da transmissão. 

A velocidade de transmissão é bastante elevada devido à tolerância aos ruídos graças à malha destes cabos.

Para fazer a ligação do LNBF com o receptor, é usado, em cada uma das extremidades do cabo um conector metálico. Veja nas figuras abaixo os diversos tipos de conectores usados e como é constituído um cabo coaxial:

Veja abaixo a relação entre o tipo de cabo e a distância máxima entre o LNBF e o receptor:

Receptor- O receptor é o aparelho usado para transformar os sinais recebidos pela antena em imagens e som. Na maioria das antenas instaladas nos lares brasileiros esses aparelhos são analógicos e sintonizam os canais do Star One C2, mas podem ser também digitais. 

Os receptores Digitais podem ser SD (DVB-S) ou HD (DVB-S2), os receptores digitais HD oferecem melhor qualidade de imagem e som pois suportam o formato MPEG4, enquanto os digitais SD são MPEG2. Na hora de instalar uma antena para canais digitais escolha o receptor que oferecer melhores recursos de imagem e som, os digitais HD sintonizam maior número de canais pois abrangem uma faixa de frequência maior que os SD.

Hoje no mercado existe um grande número de modelos de receptores digitais e também anadigitais, ou seja, são analógicos e também digitais; podendo sintonizar os canais analógicos do Star One C2 e também os digitais deste satélite e ainda podem ser ligados à uma chave DISEqC, o que possibilita a ligação de outras antenas apontadas para outros satélites à este aparelho. 

Já existem também aparelhos anadigitais que são também conjuntos multimídia capazes de suportar a visualização de fotos e vídeos ou quaisquer outros arquivos armazenados em um dispositivo USB, além de gravar a programação de forma que você pode assistir quando quiser; um exemplo é o receptor Midiabox SHD 7050 da Century, mas existem outras marcas e modelos que oferecem ótimos recursos de imagem e som.

CREDITOS : AMIGOS HD SAT